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Equipe THBR

terça-feira, janeiro 29, 2013


Diário do Tom: Dia 3 - 2ª parte

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Parte dois do terceiro dia do diário de viagem do Tom à Guiné!






O comunicador tradicional me conta que o costume é oriundo do mito de Abraão. Abraão tinha duas esposas, uma mais velha e uma mais nova (a mais jovem tendo sido previamente serva da mulher mais velha) mas a primeira esposa tinha muito ciúme da segunda esposa, ciúme do amor e da afeição concedidos a ela por Abraão. Isso era mais óbvio porque a primeira esposa não proveu Abraão com nenhum filho, enquanto que a segunda lhe deu dois filhos homens: Isaac e Ismael. Em um ataque de ciúmes, sua primeira esposa cortou a rival, para que ela parecesse menos atraente e menos desejável a Abraão, mas o amor de Abraão pela segunda esposa não diminuiu depois que ela foi cortada, sua afeição por ela talvez até tenha aumentado. Não entendendo e em desespero, sua primeira esposa causou a si mesma a mesma mutilação, "E é po isso que esse é o costume entre as mulheres," disse o comunicador tradicional.

Se muitas das mulheres guineanas conhecem essa história é outra questão, mas é perturbador saber o quão comum a prática de mutilação genital de mulheres é. É difícil para a UNICEF encontrar o balanço correto em ajudar mulheres jovens e mais velhas sobre esse assunto, especialmente porque a circuncisão masculina tem se provado significante para reduzir o risco de contrair HIV, mas eles estão trabalhando com os comunicadores tradicionais, que são figuras confiáveis nas comunidades rurais, para espalhar a palavra entre as mulheres de que a prática de mutilação genital sem dpuvida aumenta o risco de mortalidade e doença nas suas crianças. Pode também afetar a gravidez e a saúde de seus filhos. Essas mães precisam de ajuda. Il faut aider et encourager les mamans (devemos ajudar e encorajar as mães). Eu percebo com uma assustadora clareza mais uma vez: ajude as mães e você ajudará as crianças.

Nossa próxima parada é a remota vila de Loppe. Estacionamos na estrada, é uma longa caminhada de 1,6 km através de arbustos. Na metade do caminho um distinto cavalheiro em um terno cáqui impecável e gravata para uma motocicleta e me diz para subir na garupa.On attend la delegation (esperando a delegação). Montar na garupa de uma motocicleta através do interior da África Ocidental debaixo do sol do meio-dia dispara uma dose de adrenalina e velocidade. Afugenta algumas teias de aranha, é demais.

             © UNICEF 2013/Harry Borden

 A atmosfera em Loppe parece pacífica e feliz. Estamos aqui para visitar o programa de saneamento da UNICEF e as latrinas. A regra central em uma vila remota como Loppe é separar as fontes de água, manter o acesso aos poços de água limpos, protegê-los que escapem da terra na estação chuvosa, que está contaminada por resíduos dos anmais e proteger as bocas dos poços dos próprios animais.Nos mostram também muitos pontos de defecação. O programa da UNICEF tem ajudado a implementar práticas chaves de projeto de coberturas de concreto sobre as latrinas para deixar as moscas de fora, construindo paredes de concreto para deixar os animais afastados, provendo panelas cheias de água e uma barra de sabão para lavagem das mãos em seguida. Senão houver uma barra de sabão, há um balde de cinzas que tem o mesmo efeito. Esta higiene básica e bom saneamento aumenta o padrão de saúde geral e protege as mães e crianças de pegar doenças.

O que aconteceu em seguida foi a experiência mais animadora de minha jornada até agora. Eu fui convidado por uma jovem família até a sua casa. Eles vivem em uma cabana circular, sob a qual há uma única sala, com uma circunferência de cerca de 4,5 metros. O teto é feito de palha. Lá dentro sou apresentado por Idrissa, a chefe regional do escritório da UNICEF para a Guiné Oriental, a um casal e seus três filhos, um menino e duas meninas.Eles são uniformemente bonitos. O pai é calmo e quieto, com um rosto charmoso e aberto enquanto a mãe é tímida, sua pele radiante e um sorriso que poderia derreter qualquer um. Os seus filhos são bem comportados, quietos e curiosos. Idrissa pergunta se eu tenho alguma pergunta. Eu os elogio pela casa, pois ela é linda por dentro. Há uma cama, que também serve de banco e mesa com várias ferramentas e potes pendurados estrategicamente ao longo das paredes. Eu falo o quão bem as crianças estão, como parecem fortes. A filha mais velha me faz lembrar da minha sobrinha. Eu pergunto se houve algum problema na criação deles e alimentação. "Não," ela diz simplesmente. Eles nasceram no centro de saúde? "Não," ela diz, "todos nasceram em casa."


            © UNICEF 2013/Harry Borden

Eu pergunto se ela teve acesso fácil a vacinas. "Sim," ela diz. "No dia em que nasceram." Ela diz que o maior problema é que eles não tem comida suficiente. Eles trabalham duro e mesmo assim não e suficiente, mas eles cultivam o próprio arroz e feijão. Pauline pergunta se ele pôde amamentar as suas crianças. "Sim," ela diz, "por seis meses cada um deles." Como você sabia o que devia fazer, eu pergunto. "Eu fui até o centro de saúde," ela responde, "quando estava grávida. Eles me disseram que eu deveria amamentar e também escutei no rádio." Isso é fantástico, eu digo. Eu falo ao pai que estive olhando a situação da água na vila e o novo programa para melhor higiene da água. Ele responde que é muito importante, ele sempre diz ao filho dele que ele deve lavar as mãos antes de comer. Eu digo a ele que o seu garoto parece forte e que quando eu era criança sempre me ensianaram mens sana in corpore sano (mente sã em corpo são). Uma mente saudável em um corpo saudável. Idrissa traduz. O pai diz que isso fez o dia dele, é uma grande honra para ele. Ele está feliz.

             © UNICEF 2013/Harry Borden

É encorajante e comovente conversar com uma família que está fazendo as coisas certas e que está tomando a responsabilidade para eles e seus filhos. O time da UNICEF acha profundamente inspirador e eu também. As mensagens estão sendo ouvidas; está funcionando.

Os moradores de Loppe nos dão uma ativa despedida explodindo em uma canção enquanto nosso comboio de motocicletas ligam seus motores e vai embora com o som da tarde. Alegres pela visita, temos tempo para um pedaço de pão e uma fatia de queijo Vache Qui Rit (nota da tradutora:tipo polenguinho) do cool box, engolidos junto com uma lata de Coca-Cola e um tablete de malarone (nota da tradutora: remédio para ajudar na prevenção da malária).

Então começa a longa viagem até Kankan. Pegamos a estrada onde nossa única companhia são o gado errante, que tornou-se algo tão comum quanto luzes de trânsito. Letárgicos e apáticos, eles parecem vagar pelas estradas da Guiné desde o início dos tempo e sem dúvida irão continuar por muito tempo depois que for embora.

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5 comentários:

fabi twh disse...

Puxa vida que bonito!
Mesmo em meio a tantas dificuldades se encontra famílias que preservam os valores familiares onde uns cuida dos outros. Muito legal isso, o Tom nos surpreende a cada dia com suas aventuras, ele é incrível e um ser humano nota 10.
Parabéns Tom! Você mostrou que é não é bonito somente por fora, mas também por dentro o que é mais importante... (*_*)

Lilly Laufeyson disse...

Nada mais gratificante do que saber q a diferença está sendo feita, q o trabalho está dando resultado!


PS.: mt fofo esse Tom *.*

Beah-chan disse...

Cara.... ele escreve tão bem.....
Que bom que nosso fofo está se divertindo né?
Eu acho muito gratificante ajudar as pessoas,a gente sente uma paz de espírito enorme...
Ele deve estar sentindo isso agora.

Anônimo disse...

Muito obrigada por traduzir!
Tenho orgulho de ser hiddlestoner :D

Anônimo disse...

O Tom tem uma maneira muito interessante de relatar os fatos e os acontecimentos. Como eu gosto muito de documentário, estou gostando desse diário.
Ele escreve muito bem. Faz com que a gente se interesse pelo assunto de maneira simples e inteligente.
É bom ver que os Africanos estão buscando e melhorando suas vidas e cada vez mais aceitando ajuda internacional.
Para a Unicef, o Tom e todos que contribuem para o crescimento do povo africano.

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