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Equipe THBR

segunda-feira, janeiro 28, 2013


Diário do Tom: Dia 2 - 2ª parte

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Aqui está a segunda parte do segundo dia do diário de viagem do Tom à Guiné. Enjoy!


Pegamos a estrada. Uma estrada com buracos, poeira vermelha e mangueiras. O pó vermelho é bauxita, principal exportação da Guiné. É um lindo país. É quente e úmido. A fumaça toma conta do vale como uma bruma etérea, logo abaixo da linha das árvores. Ela vem da queima de plantações ou dos fogos de cozimento das habitações locais.

Existe apenas uma estrada principal através de Guiné e estamos nela, indo para o leste dentro da parte rural do país. Ao longo do caminho, existem vários postos de checagem tripulados por grupos militares armados parando os veículos locais na nossa frente mas nossos veículos 4x4 são sinalizados para passar direto. Ninguém para um trasporte da UNICEF - um claro exemplo do tipo de respeito concedido à organização, seus representantes e trabalhadores no país inteiro em todos os níveis. Em outras vilas, mulheres e crianças sentadas na beira da rua aplaudem quando passamos. Todos sabem que a influência e o alcance da UNICEF são importantes e indispensáveis.

Após uma viagem de seis horas, que para mim passaram rápido graças à eloquencia de Julien sobre os problemas afetando o país, chegamos ao escurecer na cidade de Saramoussayah. Está escuro, muito escuro. Viemos para passar a noite: conhecer os anciões locais, o prefeito, os médicos e professores, e para  sentar com um grupo de mulheres sobre práticas familiares chave para a proteção de crianças contra doenças. Somos muito bem recebidos. Na apresentação do nosso grupo aos anciões da comunidade, sou tomado pela seriedade, força e sabedoria esculpidos nos rostos desses homens e mulheres. Seu senso de responsabilidade coletiva é profundamente inspirador e humilde. Eles são quase todos exclusivamente professores, médicos, enfermeiros ou envolvidos no centro de saúde. Após a apresentação da nossa delegação somos convidados a comer. Julien dá um exemplo cuidadoso e pede para lavar as mãos antes de comermos. Umas das mais importantes mensagens que a UNICEF pode ajudar a transmitir é esse hábito comum de higiene. As mães devem lavar suas mãos antes e depois de preparar a comida, devem lavar suas mãos depois de limpar e lavar seus bebês e crianças e devem ensinar seus filhos a lavarem as suas mãos.


                                                          © UNICEF 2013/Harry Borden



Após um jantar de arroz, molho e banana, sou convidado a participar de um Grupo Focal para mulheres, presidido pela Diretora de Saúde da Prefeitura, Dra. Mariam Kankanlabe Diallo. Acho-a incrivelmente impressionante. Ela aparenta ser sábia e experiente, com olhos gentis profundos. Ela impõe respeito na comunidade local por causa de sua educação. E ela, como todas as mulheres na região de Mamou, se veste com roupas e turbante de cores brilhantes. Somos escoltados para longe do centro da vila, sentados em um círculo atrás de algumas casas, compartilhando a escuridão com as vacas, os grilos e as estrelas. Concordamos em tocar em três assuntos: limpeza, aleitamento materno e vacinação. Leva um tempo para que as mulheres confiem em nós, leva um tempo para que queiram conversar. Temos que fazê-las se sentirem que estão em um ambiente seguro para que possam falar de seus problemas. A quase total escuridão ajuda o anonimato.

Duas questões surgiram que achei mais surpreendentes. A primeira é sobre amamentação. Algumas das mulheres nos disseram que não sabiam que era recomendado amamentação exclusiva pelo maior tempo possível, pelo menos por seis meses. Outras disseram que davam água para seus bebês após um mês ou dois, simplesmente por acharem que água não faz mal para uma criança mas pode sim, fazer mal quando existem problemas locais sanitários e de limpeza da água. Outras tentaram dar comida dias e semanas após o nascimento, enquanto outras não amamentaram absolutamente.Isto não é culpa dessas mães, muitas jovens meninas. Elas simplesmente não sabiam o que era melhor sendo o cuidado maternal aberto a interpretações.

A segunda surpresa é positiva. Pergunto sobre vacinação. Sou cumprimentado com um som unânime de aprovação quando a palavra é mencionada, tão alto e afirmativo que me faz sorrir. Vacinas são unilateralmente disponibilizadas para todos. Toda mulher confessou que o centro de saúde estocou todas as vacinas necessárias e apropriadas e ninguém registrou nenhuma reclamação. Suas crianças foram inoculadas: BCG, poliomielite, etc. tudo previsto. Enquanto elas ainda conversavam entre elas, Pauline me lembrou que toda a vacinação nesta região do país é fornecida pela UNICEF, cada uma delas. Elas não são fornecidas pelo Estado.

Isso começa a ilustrar a sensível posição que uma organização como a UNICEF deve ocupar em um país como a Guiné. Em um nível de desenvolvimento, a longo prazo, é contra produtivo para uma organização vir e simplesmente consertar o problema, em nível micro ou macro, porque logo que vão embora, os habitantes do país são abandonados à própria sorte. A UNICEF tem de trabalhar, crucialmente, junto com as autoridades (governamental e local) para que essas comunidades possam se auto-educar e auto-sustentar. Os trabalhadores da UNICEF são confiáveis e inspiram confiança e convicção e assim mesmo, a necessidade humanitária é salvar vidas e permitir que as pessoas vivam com dignidade. Se a UNICEF não tivesse feito um abastecimento para vacinação, se não trabalhassem com os comunicadores locais, se não financiassem e apoiassem centros de saúde como esse em Saramoussaya, haveriam muito mais crianças como aquelas que vi em Donka.

Julien encerra cuidadosamente a reunião. Ele agradece a todas as mulheres por sua honestidade. "Não podemos fazer nenhuma promessa," ele diz, "mas iremos nos esforçar para trabalhar com as autoridades para ajudar."

Em um dia vi tantas crianças diferentes, tantas mães diferentes, em diferentes comunidades em tantos ângulos e perspectivas diferentes, mas eu posso ver onde a UNICEF está ajudando. Em alguns casos é com a política e programas e apoio financeiro, em outros casos com ajuda médica direta, em outros casos só por estar lá, aparecendo para ajudar e voltando uma próxima vez, para ajudar novamente. Uma presença reconfortante: constante, leal e que ouve.

Então, hora de ir para a cama. Coloco minha lanterna, me borrifo dos pés a cabeça com repelente de insetos, escovo meus dentes, digo olá para as cinco enormes aranhas dividindo o quarto comigo e Luke, escorrego para dentro da minha rede contra mosquitos e fecho meus olhos. Há uma barulhenta movimentação vindo de uma vaca e suas amigas do lado de fora da janela. Vou imaginar que elas estão dizendo olá.

7 comentários:

Anônimo disse...

Relmente o Tom é incrivel
um grande homem

Elo disse...

Esse povo sofrido, notasse que é bem carinhoso através do sorriso deles! e o Tom com certeza, levando o brilho pessoal dele a todos! interessante a questão da higiene básica porque em muitos lugares pobres, aqui perto de casa mesmo, vejo o quanto falta esses ensinamentos!

Elo disse...

O Tom nos dá mais um bom exemplo: de que quando queremos realizar algo, arruma-se tempo! viaja, faz caridade, limpa a casa, twita, posta no face, escreve diário; só fico meio na dúvida às vezes se ele lê tudo o que postamos(risos). bjos!

Gabi Doimo disse...

Essa foto do Tom com o neném acabou com o meu coração, ele está tão fofo!! *-*

Em relação a essa parte do texto eu fiquei abismada em saber que as mães não amamentam os filhos, elas não sabem que isso é uma coisa natural a se fazer, realmente essas pessoas precisam de ajuda.

Ainda bem que tem grupos com a Unicef e pessoas com o Tom que fazem a sua parte para que essas pessoas tenham uma vida com dignidade.

Bjos galera!

Anônimo disse...

cada dia me impressiono mais com e tom e fico cada vez mais encantada por ele ,, muitoo legal isso que ele está fazendo junto com a unicef !!!

fabi twh disse...

Tom realmente é um bom exemplo a ser seguido. Ele consegue encarar tudo com seriedade e responsabilidade, ele está nos mostrando o seu lado cidadão e pessoa, coisa que muitos não fazem!
Esse Tom é realmente um grande homem!!!
Ele realmente está lindo junto a essa criança :)

Anônimo disse...

Essa foto do Hiddles cuidando do bb é marcante. E, lavar as mãos na minha cidade é algo que muitos pais não ensinam para os filhos.

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