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Equipe THBR

sábado, fevereiro 02, 2013


Diário do Tom: Uma viagem a Guiné - Dia 5

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Boa tarde, galera! Começamos o fim de semana em clima de traduções aqui THBR! Nós finalmente finalizamos a tradução do Dia 5 do Diário do Tom, e aqui está ela: 

© UNICEF/Harry Borden/2013
O dia cinco é o dia em que dirigimos. Nós dirigimos a oeste. Estamos em Kankan. Temos de pegar um avião amanhã, e Conakry está a menos de 400 quilômetros de distância. Não há auto-estrada de três faixas, ou auto-estrada. É a mesma estrada velha. A sujeira, a estrada vermelha. Nós dirigimos.

Nós alamos, ouvimos, olhamos. Durante o trajeto, nós fazemos várias paradas. Nós paramos em uma cidade para esticar as pernas. Nós paramos para sentar debaixo de uma árvore para pegar uma sombra, para comer pão e vache qui rit. Paramos logo após recruzar o rio Niger, quando Julien vê algo na beira da estrada. É um monumento, inscrito com esta mensagem:

ICI.
Le 6 Novembre 1999.
Les femmes ont librement
solennellement
et definitivement deposé
le couteau de l'excision.

"Aqui. Em 6 de novembro de 1999, as mulheres livremente, pessoalmente e definitivamente largaram a faca de corte (de mutilação)". Interessante, diz Julien. O monumento foi erguido em 1999. E ainda ouvimos sobre isso extensivamente há dois dias na estação de rádio em Bissikirima. A mutilação genital feminina (MGF) não acabou. Não acabou na Guiné. Ainda não acabou em muitos países, em todo o mundo. Não acabou.

Então, estamos de volta na estrada.

© UNICEF/Harry Borden/2013
Nossa próxima parada é uma alegria. Com o rio cerca de 115 Km atrás de nós, paramos em uma escola de Kouroussa - L'École Primaire Layiya - à beira do Parque Nacional do Alto Níger, que ainda está na região de Kankan. É mais verde aqui do que antes, a terra é menos árida e as árvores estão cheias. Tem um cheiro fresco.

É importante ter em mente que 74% dos meninos e meninas na Guiné são matriculados na escola primária, mas apenas 63% chegam ao último ano. Em Layiya, existem cerca de 130 crianças, aprendendo a ler e escrever, aprendendo francês, aprendendo matemática Sua educação é a sua liberdade. Eu penso nas crianças que eu vi na minha primeira noite em Conakry, lendo à luz elétrica do estacionamento do aeroporto. Na Guiné, as crianças querem aprender. Educação é poder.

Somos apresentados a várias classes das crianças mais bem comportadas, calmas, atentas e doces que eu já vi desde que cheguei. Uma menina, em um vestido xadrez vermelho e tranças em seu cabelo, é tão tímida e sorridente que ela não consegue nem mesmo me dizer o seu nome. Devo parecer um alienígena para ela. Alguns corajosos voluntários me dizem as suas idades, e o que eles têm estudado. Uma alma ainda mais corajosa na parte de trás da sala me diz o que quer fazer quando crescer: "Après avoir terminé mes études, je veux devenir enseignant". Ele quer ser um professor. Ele recebe uma salva de palmas.

É 12:30. É quase hora de intervalo para o almoço. Julien pergunta quem quer jogar futebol antes do recesso. Aparecem sorrisos instantâneos. Um jovem na frente levanta a mão imediatamente. Há uma centelha em seus olhos. Ele está quase envergonhado por seu próprio entusiasmo, mas ele não poderia esconder, se tentasse. Este jovem ama o futebol. E ele é o menor menino no recinto.

Acontece que ele é um fogo de artifício. Eu pensei que estava indo para um jogo, mas pelo momento, fica claro que somos apenas ele e eu. Ele corre em círculos em volta de mim, como Lionel Messi. Ele me faz sentir como um ogro (eu sou um ogro). Ele é incrível.

© UNICEF/Harry Borden/2013
Mas, então, é hora de um jogo real. Capitães são nomeados (ele é um deles). As equipes são escolhidos. A classe inteira é amontoada em um grupo no pequeno pátio fora da escola. Todo mundo está lá: meninos e meninas. Julien e eu somos os últimos a ser escolhidos. Em times opostos. Tudo como deve ser.

É tão divertido. É como qualquer outro jogo de futebol em qualquer outra escola em qualquer lugar do mundo: frenético, sem fôlego, brincalhão. A briga entre os sapatos, o gemido quando você perde, o riso quando você cai. A poeira sobe no pátio, tão densa que você nem pode ver a bola. Está muito quente. E estas crianças correm como relâmpagos. Em um final apropriado, Julien acaba sendo o vencedor, como resultado de uma terrível defesa da minha parte e por um fracasso abjeto ao limpar a minha própria linha do gol. Para eles, é hora do almoço. Para nós, é hora de ir.

© UNICEF/Harry Borden/2013
No final da tarde, mais perto de Conakry, paramos para visitar a École Moriakhory, na prefeitura de Kindia. Somos apresentados a Gervais, o oficial de educação aqui. Eu talvez nunca conheça um homem mais gentil. A École, Moriakhory, utilizando fundos da UNICEF na Guiné, se tornou um piloto para o sistema anterior à concessão para o programa IFT começar. O Setor de Programas de Educação na Guiné foi adotado em 2008, mas, devido à suspensão da ajuda externa por grandes doadores, a sua implementação foi bastante prejudicada. Na sequência de um pedido de financiamento, a Iniciativa Fast Track foi estabelecida. A UNICEF tornou-se uma entidade de supervisão e também a operadora. A Iniciativa Fast Track ajudou a construir 991 turmas em 300 edifícios escolares e equipá-los com banheiros bebedouros. são um trabalho em progresso. O projeto inicial empregou um sistema de separação de líquidos e sólidos, mas dependia da intervenção humana para limpar os sólidos e usá-los como adubo para as plantações. O trabalho era pouco prático e desagradável. Então, ele está de volta à prancheta de desenho. Mas eles vão encontrar algo que funcione. Isso é o que a UNICEF faz. A Iniciativa Fast Track é também a substituição das velhas mesas da escola e dos tablados, muito altos e pesados para as crianças se moverem, por outras mesas e cadeiras mais leves, mais duráveis. Lenta mas seguramente, as instalações dessas escolas estão melhorando rapidamente. A Iniciativa Fast Track também construiu 60 classes de pré-escola. Estas escolas contribuem para a alfabetização de 50.000 crianças por toda a Guiné.

As crianças da École Moriakhory são obedientes e alertas. Eu entro em uma sala de aula e não há nenhum professor lá. Mas eles estão todos sentados em silêncio. Ocorre-me que nunca foi assim quando eu estava na escola na Inglaterra. Se o professor saísse da sala, haveria um motim. Aqui, as crianças querem aprender. Há um poema no quadro negro. É sobre a Guiné. Julien pergunta se todos nós podemos recitar o poema juntos. E nós recitamos As letras são lindas. Eu gostaria de lembrar deles. Eu gostaria de ter tirado uma fotografia do quadro. O poema era sobre o seu país. La Guinée est un beau pays. Un beau pays (A Guiné é um bom país. Um bom país). Algo assim.

À medida que nos afastamos, eu fico feliz que no meu último dia, eu vi um excelente exemplo do trabalho da UNICEF na Guiné. O país tem muitas dificuldades, e eu os encarei em sua realidade gritante nesta semana. Mas ao ver crianças saudáveis​​, com amor à aprendizagem, e felizes em seu jogo, isso é restaurador e revigorante. Isso me dá uma sensação de equilíbrio.

Un beau pays. (Um bom país.)

© UNICEF/Harry Borden/2013

4 comentários:

fabi twh disse...

Nossa, esse Tom é realmente um homem incrível! Que lindo vê-lo jogando futebol com essas crianças. Me apaixonei! Muito lindo... Parabéns Tom! *-*

Parabéns pela tradução meninas, está ótima!
Agora vamos aguardar o retorno do nosso herói para casa, kkkkkkkkkkkkk!

Beijão à todos :-)

Lilly Laufeyson disse...

"Ele me faz sentir como um ogro (eu sou um ogro). " rsrsrsrs neh ogro naum, seu fofo *---*

Eu não sei se já agradeci ao(s) adm(s) do blog pelas traduções, mas se não, aqui vai minhas congratulações e agradecimentos!

PS.: mas se vc quiser continuar sendo um ogro, eu te deixo esconder no meu guarda-roupas, ou debaixo da minha cama, atras da porta do quarto........ rsrs

Unknown disse...

"Uma menina, em um vestido xadrez vermelho e tranças em seu cabelo, é tão tímida e sorridente que ela não consegue nem mesmo me dizer o seu nome. Devo parecer um alienígena para ela." Foi seduzida pela beleza do Tom, normal.
Muito bom ver que o trabalho da UNICEF está fazendo a diferença, quase choro ao ler o texto, realmente emocionante.

Elo disse...

Todas as fotos estão lindas! é por esta humildade que Ele não é um ogro nem aqui nem na china! quanto mais humilde, mais lindo ele se torna! bom trabalho de vçs que traduziram. valeu!

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