Tom entrevistado pela Metro UK

Mais uma entrevista do Tom! O site Metro perguntou sobre como o papel do Loki influenciou em sua vida, além de umas perguntas pessoais. Logo aqui embaixo: 

Metro: Agora você está gravando Thor 2: O Mundo Sombrio, interpretando Loki pela terceira vez. É justo falar que esse cara mudou sua vida?

Tom: Ele mudou algumas coisas! Eu nunca imaginei, nem nos meus sonhos mais loucos, ser escalado para interpretar Loki. Não sou imediatamente identificável como um vilão autocrático, fascista que subjulga o planeta Terra. As pessoas que assistiram a Cranford nunca diriam: ‘É, aquele carinha de Cranford ficaria muito bem nesse papel.’ Ele expandiu a percepção das pessoas, mostrando o que eu sou capaz de fazer.

M: Você superou seus limites quando estava fazendo os testes para o papel do Thor?

TH: Eu realmente superei. Meu cabelo loiro e enrolado é natural, então eles pensaram: ‘Ele tem mais de 1 metro e noventa, consegue recitar grandes diálogos de Shakespeare e é loiro.’ Mas eu era muito magro, então fui a academia por 6 dias, tinha 5 refeições por dia, ganhei 19 kg de músculos e completamente mudei minha forma. Um mês depois eles me disseram: ‘Nós não escollhemos você como Thor, mas ficamos tão satisfeitos com o que fez, que nós queremos te oferecer o papel do Loki a você.’

M:Você pensa que era pra ser realmente isso?

TH: Eu espero. Chris Hemsworth é definitivamente Thor. Ele é monumental em todos os significados da palavra, então acabou dando certo mesmo e eu não precisei mais comer um monte de frango. Isso deixa minha vida muito mais fácil.

M: Como que foi trabalhar e passar o tempo com aquele elenco maravilhoso?

TH: Eu sei que isso soa trivial e óbvio, mas nós tínhamos um motim. Chris tinha uma casa com piscina e mesa de ping-pong (veja aqui um vídeo do Tom jogando Ping-Pong - não na casa do Chris - e... comendo salada), nós íamos lá para fazer churrascos. Ele tinha se casado recentemente e estava querendo ter a certeza de que estava aproveitando seu primeiro ano de casamento. Foi muito divertido e valeu totalmente a pena de ter perdido o verão em Londres. Eu não fazia piqueniques no Hampstead Heath, não joguei nenhum frisbee no Parque Hyde. Mas no lugar eu tive esse acampamento americano no verão de Albuquerque, New Mexico, jogando ping-pong e cavalgando. O código para esse filme era "Abraço em Grupo" e eu senti que era realmente isso.

M: Loki é intenso. Você leva ele pra casa com você?

TH: Eu tenho um chuveiro e quando chego em casa me limpo dele. Eu acho que correr realmente ajuda, de verdade. É algo que equilibra minha vida. Tenho minhas melhores ideias quando estou correndo. Eu corro pela manhã antes de ir pro trabalho. Em Os Vingadores, eu normalmente estava sentado na cadeira de maquiagem ás 5 horas da manhã, então tinha corrido ás 3 e meia. Eu acho que tem algo a ver com punição, auto-infligido, mas também dar um pouco de oxigênio no cérebro naquela hora do dia, aí sim depois ir para o trabalho. Porque quando você colocar a fantasia, estará realmente acordado.

M: Você é considerado muito inteligente. Aonde isso ajuda na sua carreira?

TH: Eu não sei. Acho que sempre fui uma pessoa que gosta de literatura e é fascinada por palavras, o que ajuda na relação com o drama. Eu lia os Clássicos em Cambridge mas isso não me faz negar que, quando era criança, amava super-heróis. Eu cresci assistindo o Superman de Christopher Reeve e, mais ou menos, um papel como o de Loki num filme como Os Vingadores é uma grande mistura de tudo que amo. Tem drama psicológico, ação e todas as coisas que eu gosto sobre atuação. Ás vezes, as pessoas olham pra mim como se eu estivesse usando um monte de palavras enormes, mas elas são as únicas em quais eu consigo pensar.

M: O que mais você gostava quando criança além do Superman?

TH: Eu assistia o Batman de Michael Keaton repetivamente. Eu adorava o filme e também amava o Coringa. Dá pra aprofundar intelectualmente nisso. É mais ou menos como se os super-heróis fossem um tipo de de mitologia moderna, meio parecido com os deuses gregos e romanos. Eles unem as pessoas pois conseguem projetar o seus conhecimentos da vida nesses grandes personagens, com toda essa fragilidade que nós temos. Todos eles sofrem esse mesmo orgulho, vaidade e virtude.

M: Não foi sua mãe quem te introduziu ao teatro?

TH: Foi realmente ela quem me introduziu, como uma idéia, em várias maneiras. Nós vivíamos em Oxford e ela foi a primeira pessoa que me levou ao Royal Shakespeare Company e ao Teatro Nacional, e me introduziu também aos filmes estrangeiros. Ela expandiu meu gosto para além de apenas Super-Homem e Indiana Jones.

M: Que objeto britânico que você sempre leva quando trabalha no exterior?

TH:Meu laptop é muito importante pra mim. Tem todas minhas músicas nele, mas não é exatamente algo britânico.

M: O que? Sem saquinhos de chá ou chocolate?

TH: Me mandaram uma caixa de chocolate amargo HobNobs quando estava gravando Os Vingadores. Era um pequeno armarinho no meu trailer com todos aqueles biscoitos.

M: Quem tinha enviado pra você?

TH: Um amigo meu. Foi hilário. Eu não tinha nada além da fantasia louca, do capacete chifrudo do Loki e ainda um armário inteiro cheio de chocolate amargo do HobNobs.