Entrevista no set dos 'Vingadores' - 2ª parte

Está aí a segunda parte da entrevista feita no set de filmagens de "Os Vingadores". Espero que gostem!!

P: Você acha que você estará em uma sequência de ‘Thor’?

R: Eu sinceramente não sei. Sei que falei alguma coisa disso antes, mas eu realmente não sei. Não sei nem se o Chris fará outro e honestamente não sei.

P: “Os Vingadores” prepara para um outro ‘Vingadores’? Ele deixa essa sensação no final?

R: Você espera que sim. Quero dizer, é tão emocionante. A primeira vez que li o script eu fiquei ... é uma coisa rara quando você pode ler um script de uma vez, sem olhar para o relógio ou ou ir fazer uma xícara de chá. Cheguei à última página e pensei comigo mesmo: "Isso é incrível." De alguma forma Joss conseguiu reintroduzir personagens que todos nós amamos, fazê-los parecer novos, e então juntá-los sem pesar um certo personagem mais do que o outro. Foi realmente ... como uma façanha de escrever fiquei tão impressionado. Se eles mantiverem Joss a bordo para outro ...eu acho, sim, vamos torcer para que haja mais.

P: O que podemos esperar em termos do poder de Loki comparando com o que vimos em ‘Thor’?  Vamos vê-lo se metamorfosear?

R: Eu acho que ele usa o que aprendeu em “Thor” um pouco mais longe, sabe? Há um grau de desaparecer e reaparecer, há um grau de controle da mente, e há um grau de auto-duplicação, o que vai frustrar aquelas pessoas que acham que ele é mais previsível do que isso.

P: Você pode falar sobre o aspecto time? O Loki tem algo desse tipo? Ele precisa de algo assim para se curar?

R: Provavelmente sim, mas se ele fosse curado ou curável ele faria parte do time. Então eu acho que ele está no vazio e por conta própria. A outra coisa é, e eu adoro que Joss de modo algum dilui esse fato ou o diminuiu, é que Thor e Loki são deuses na Terra. Não importa o quão poderosos os super soldados ou os cientistas da equipe dos Vingadores são, eles estão lidando com imortais. Assim, o poder de Loki é realmente algo para se enfrentar. O que eu gostei que a Marvel decidiu fazer em “Thor” é que eles poderiam ter enviado Loki para a Terra, ao invés do Destruidor. Poderia ter sido Loki contra Thor lá em baixo, mas na verdade ele guardaram isso para Os Vingadores. Vocês realmente irão ver o quão poderoso Loki pode ser, quando ele desce entre os humanos.

P: Vamos ver Thor versus Loki no filme?

R: Sim, irão ver.

P: Você conseguiu encontrar humor em Loki?

R: Absolutamente! Eu acho que é definitivamente algo que Joss assumiu. Acho que a descoberta do humor e o que acontece quando um Asgardiano caminha entre os mortais com Chris é algo que ele expandiu para Loki também. Além disso, Loki está se divertindo muito mais nesse filme. Como se ele estivesse ... eu não sei. Ele realmente está se divertindo. Joss e eu conversamos muito sobre James Mason. Nós conversamos sobre como James Mason sempre parecia estar se divertindo, mesmo quando ele estava interpretando o cara malvado.

P: Em “Thor”, Loki estava lutando contra pessoas que mesmo estando contra ele ainda importavam. Mas em ‘Os Vinagadores’ não é esse o caso. Isso é mais desafiador para ele, visto que esses personagens não o entendem e estão mais interessados em impedi-lo e destrui-lo?

R: Bem, é um pouco mais complicado, porque Thor também é parte dessa equipe. Então, às vezes você tem Thor tentando convencer os Vingadores que Loki não é tão ruim como todos pensam que ele é. Thor, eu acho, acredita que Loki ainda pode se redimir. Os Vingadores representam mais um desafio para Loki? Provavelmente, mas Loki representa mais um desafio para os Vingadores também. Por exemplo, Loki é um vilão mais complexo, mais perigoso do que os vilões interpretados por Jeff Bridges e Mickey Rourke nos filmes do “Homem de Ferro” ou Tim Roth em “O Incrível Hulk”. Eu acho que o fato de ele ser de Asgard, o torna mais perigoso.

P: Como foi trabalhar com Joss quando comparado com Kenneth Branagh, dados os diferentes backgrounds?

R: O que é interessante sobre Joss é o seu apreço pela cultura teatral britânica e pela formação dos atores britânicos. Digo isso porque esse é o ângulo que tenho. É realmente enorme. Frequentemente, quando a equipe de câmera está mudando as lentes, ou algo assim, Joss e eu estaremos conversando sobre o desempenho fantástico de Sir Ian McKellen em “O Inimigo do Povo” no National Theatre em 1997. Ele trabalha com atores britânicos o tempo todo em todos os seus programas de TV. Na verdade, ele me falou sobre a escolha que ele teve que fazer na faculdade entre o teatro ou cinema e ele quase se tornou um diretor de teatro. Suponho que o trabalho de Joss parece direcionado para uma coisa em particular, mas na verdade sendo um fã da arte de atuar e a arte do cinema e teatro, e de contar histórias - o seus gosto é extremamente amplo.
É muito interessante na verdade. Na coletiva de imprensa de “Thor” todo mundo falava, "Uau. Kenneth Branagh dirigindo um filme de super-herói?" Pelo que eu sei, Ken adora filmes de super-heróis. Não se deixe enganar por Shakespeare. Por outro lado, Joss é um grande fã de Shakespeare. Ele é um escritor e contador de histórias brilhante. Claro, eles são diferentes em seus métodos. Eles são pessoas diferentes. Eu gosto disso. Estou realmente gostando de trabalhar com ele. Ele é tão divertido e adoro as suas referências. Sempre que ele se vira depois de assistir o monitor com um grande sorriso em seu rosto ... ele é um trabalhador e gosta de aperfeiçoar as coisas.

P: Muitas pessoas acharam a sua interpretação em ‘Thor’ excelente. Acho que a maioria de nós concorda. É muito raro de se ter um grande vilão. Tenho certeza que você leu críticas e ouviu coisas positivas. Estou curioso se você sente alguma pressão maior nesse filme para superar as expectativas ou só fazer um bom trabalho nesse filme.
R: Essa é uma boa pergunta. Eu sinceramente tento não pensar nisso desse modo. Eu acho que você realmente não pode pensar sobre o resultado final, criativamente, eu acho, em qualquer tipo de arte. Eu acho que se você é um compositor e você pensa: "Eu tenho que sentar e escrever uma canção melhor do que a última." Ou se você é um artista ou um pintor e você pensa: "Minha pintura tem que ser melhor do que a última." Eu acho que é o que eles chamam de "a difícil hora segunda", mas eu não sinto isso, para ser sincero. Eu acho que é porque eu estou apenas pensando no personagem, na história, e tentando fazer o melhor que posso.

Mesmo fora da Marvel, sempre que eu estou trabalhando em um filme, tento não pensar sobre o que as pessoas vão achar dele uma vez terminado. Isto vai te deixar auto-consciente. Você apenas tem pensar: "Quem é esse cara? O que ele quer? É minha responsabilidade interpretá-lo e a versão dele da verdade. O que as outras pessoas veem nisso é problema delas." Eu não sabia que as pessoas iam gostar do que eu fiz em “Thor” como Loki. É bom que elas tenham gostado.

P: Tom, falando no elefante da sala – o que você faz quando você colocou as mãos no Cubo Cósmico?
R: Bom, vou citar Sam Jackson no final de ‘Thor’, o personagem de Stellan Skargard diz a Nick Fury “O que é isso?” e Nick Fury responde, “Poder, doutor. Se pudermos descobrir como funciona, termos poder ilimitado”. Então acho que é isso que atrai Loki ao cubo.

P: Falando hipoteticamente, o que você pegou emprestado do set de filmagens de ‘Thor’ ou tem algo desse set que você queira pedir emprestado?

R: Eu não peguei nada emprestado. Acho que se eu começasse a pegar coisas emprestadas e fizesse propaganda disso, o qual eu acho que a palavra para isso é ‘roubo’, eu provavelmente perderia o meu emprego. Mas a Marvel tem sido boa demais comigo. Eles me deram ‘action figures’. Oh! E no meu aniversário eles me mandaram o lenço que Loki usa em ‘Thor’. Lembram quando ele aparece num belo terno e sobretudo? Ele está usando um lenço e agora eu estou de posse do meu lenço do Loki.

P: Você tem o capacete?

R: Não, eu acho que quebrei todos os meus capacetes, na verdade. Mas eu não posso ter feito isso porque tinha um deles na Comic Con. Eles apareceram na cena da batalha final, que foi uma das últimas coisas que filmamos quando fizemos ‘Thor’, e toda vez que eu aterrissava na Bifrost, eu esmagava os chifres do capacete contra a ponte e a ponte ganhou todas, basicamente.

 Fonte - Collider